sábado, 3 de dezembro de 2011

(Noticias) Ubatuba - APA Marinha do Litoral Norte encerra ciclo de reuniões para regulamentação de Cercos Flutuantes


Litoral Norte - As diretrizes para a regulamentação e ordenamento desta atividade foram traçadas de forma participativa, por instituições afins e comunidade caiçara. 

Terminou  nesta semana, o ciclo de reuniões relativas ao processo de regulamentação de pesca em cercos flutuantes nos limites da Área de Proteção Marinha do Litoral Norte (APAMLN). Após a realização de encontros setoriais em Ubatuba, Ilhabela e São Sebastião, este último evento reuniu em São Sebastião 46 proprietários de cercos de todo o Litoral Norte. O suboficial Eron Duarte de Souza esteve presente para orientar os pescadores sobre a documentação necessária para a regulamentação em relação à Marinha do Brasil. O objetivo do encontro foi aprovar o documento final que será encaminhado ao Governo do Estado para, após as tramitações jurídicas e o parecer formal do Instituto de Pesca e Instituto Oceanográfico, torná-lo uma resolução que vigorará no território da Apa Marinha do Litoral Norte. Durante um ano e meio de trabalho, um estudo aprofundado sobre a pesca com cercos flutuantes foi realizado por um Grupo de Trabalho derivado da Câmara Temática de  Pesca e Maricultura do conselho gestor da APAMLN, especialmente para este fim. O resultado foi um diagnóstico da situação desta modalidade de pesca no Litoral Norte, que proporcionou subsídios para a formulação da proposta da normativa. O grupo traçou também, um mapa identificando o local de cada um dos 63 cercos da região.  Este processo inclui também a regularização da atividade perante a Marinha do Brasil, o Ibama e o Ministério da Pesca. Pelo conhecimento prático dos pescadores de cerco, foi possível determinar padrões para SUA regulamentação, como a distância ideal entre um cerco e outro, a medida da malha utilizada nas diferentes partes que compõem este aparelho de pesca, o tamanho ideal do petrecho, sinalização e a interação com outras modalidades de pesca, entre outros detalhes. Esta última reunião encerrou as consultas públicas, chegando a um consenso entre todos os participantes. A gestora da APAML, Lucila Vianna, explica que a regulamentação dos Cercos Flutuantes partiu de uma demanda trazida pela Câmara Temática de Pesca composta por membros do Conselho Gestor da APAMLN e convidados. “A pesca em cerco flutuante é tradicional na nossa região e inclusive um elemento da identidade cultural dos  caiçaras. Esta pescaria é uma das poucas que manejam o recurso pesqueiro, uma vez que os peixes ficam vivos dentro do cerco, permitindo uma despesca seletiva. por este motivo, pode ser considerada uma pescaria sustentável. O sucesso deste projeto deve-se  principalmente à disponibilidade dos parceiros institucionais e dos caiçaras donos de cerco flutuante para empreender um processo participativo de produção, sistematização de conhecimento e tomada de decisão compartilhada. Os parceiros institucionais - Ibama, Instituto de Pesca, Prefeituras, Colônias de Pesca, Tamar e comunidade (melhor ver com laura o que falta colocar aqui) trabalharam de forma integrada e continuada.




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